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7 dicas para aplicar a equidade de gênero na sua companhia

A equidade de gênero nas empresas sofreu o impacto por conta da pandemia de Covid-19. Elas falham ao tentar aplicar a igualdade de gêneros em seus cargos. Assim, listamos neste texto a importância dessa pauta, bem como as 7 dicas.

Por que é tão importante falar sobre a equidade de gênero?

De nada adianta promover, por exemplo, o dia 08 de março, se na prática a empresa não aplica a teoria. A situação sempre é a mesma: o número de homens com emprego é maior do que o de mulheres. O salário é desigual, assim como as chances de promoção.

Tratar da equidade de gênero é importante. O relatório The HR 2002 lista o tema como uma das 7 principais tendências da área de Recursos Humanos. Ter uma equipe equitativa significa suscitar a criatividade, e além disso:

  • Aumentar a capacidade de inovação, bem como a de produção;
  • Ampliar o diálogo e assim, a confiança com os cargos de liderança;
  • Promover um ambiente de trabalho mais feliz.

Os ganhos também estão ligados ao lucro. As empresas que praticam a equidade de gênero têm 25% a mais de chances de aumentar a renda em relação aos concorrentes.

A equidade de gênero é um tema que deve ser abordado, afinal, no último ranking do Fórum Econômico Mundial, o Brasil encontra-se em 95o lugar entre os 180 países que mais empregam mulheres. Imagem de Mapbox no Unsplash

Aplique a equidade de gênero na sua empresa

Inserir a pauta da equidade de oportunidades requer, em primeiro lugar, o treinamento da área de Recursos Humanos. O objetivo é orientar os novos processos de seleção e assim, a admissão de novos colaboradores. 

Outras atitudes vêm a seguir das contratações. A seguir, 7 dicas para aplicar a equidade de gênero na sua empresa:

1 – Seja ouvinte

Ouvir é o primeiro passo para saber a opinião dos colaboradores. Se há adesão à pauta ou se há a compreensão dela. Uma opção é aplicar a pesquisa anônima, que pode ser focada a fim de obter uma análise inicial. 

Outra estratégia é a dinâmica em grupo para a coleta de opiniões. Perguntas como “quantas mulheres são líderes na empresa” motivam o debate. Desse modo, um plano de ação de sensibilização é criado.

2 – Dê o exemplo

As respostas das ações de coleta de opiniões são o norte para que as lideranças ajam. De nada adianta tentar fomentar o tema, se o exemplo não vem de cima. Os líderes, nesse sentido, têm papel vital em contagiar pelo modelo. 

Educar para a sensibilização reforça que o óbvio também precisa ser dito e sobretudo, reforçado. Até mesmo porque uma empresa é formada por diversos pensamentos e culturas. 

3 – Converse

O diálogo é primordial para fomentar na a equipe a equidade de oportunidades. O cerne é reeducar para incluir. Nesse caso, as palestras externas são bem-vindas, uma vez que o santo de casa não faz milagre.

Muitas empresas promovem a “Semana da Equidade”, ao apresentar preleções que têm a isonomia como pauta. Na sequência, é comum a criação de equipes internas de debate. O objetivo é tratar do tema de forma frequente, com exemplos da própria empresa e do cotidiano da equipe.

4 – Vá para a prática

Promover ações de conscientização mexem com a equipe. Elas podem começar como um e-mail interno, assim como um post-it colado no computador. O objetivo é fazer o colaborador refletir e dessa forma, se engajar com o tema.

Um treinamento também é uma boa opção. As pautas podem variar sobre:

  • A capacitação emocional;
  • As competências socioemocionais;
  • A observação e o debate sobre as ações certas e erradas.

A ideia é estimular a equipe para que a equidade de gênero seja sempre um tema fresco na empresa. Tudo que é lembrado, não cai no esquecimento. Logo, a prática leva a perfeição e busca sempre ser aprimorada.

5 – Apoie as mães

Crie ações que possam apoiar as mães da equipe, como um dia off para o aniversário da criança ou para o acompanhamento em consultas.

Permita que, em datas previstas, os filhos de todos os colaboradores estejam na empresa. Isso reforça os laços entre a equipe, do mesmo modo que dá o exemplo de convivência às crianças.

Uma empresa modelo que apoia as mães é a Natura. Ela tem uma creche na unidade de Cajamar, São Paulo. O objetivo é que as mães se tranquilizem com os filhos por perto e dessa forma, trabalhem melhor.

As empresas têm um déficit de equidade de gênero na sua cultura, logo, não há oportunidades suficientes para mulheres no mercado de trabalho. Imagem de Mapbox no Unsplash

6 – Não apoie as atitudes machistas

A empresa deve ter uma política clara para os casos de machismo. É importante orientar para que os funcionários não se calem diante desse tipo de atitude. Promover como valor o respeito deve ser a base da empresa.

Não só o machismo, mas como qualquer outra forma de violência, bem como de discriminição devem ser apuradas. Os exemplos negativos não podem contagiar a equipe.

Essas atitudes pequenas refletem a desarmonia do colaborador com a empresa que deseja ser exemplo em equidade de gênero.

7 – Observe os resultados

Com as ações implementadas é necessário observar os seus resultados. Isso pode acontecer em tempo determinado pela empresa. É comum analisar as métricas a cada dois ou três meses.

Elas servem de parâmetro para indicar à empresa em que é preciso melhorar. Sempre devem considerar o objetivo listado no momento do diagnóstico, ou seja, em nossa dica nº1.

Batalhar é preciso pela equidade de gênero

O ano é 2022, mas ainda são muitos os casos de desigualdade. É óbvio que a sua avó teve menos oportunidades que você, porém há muito o que ser feito. O número de mulheres que não sabem ler e escrever, por exemplo, passa perto de meio bilhão no mundo todo. 

A Agenda 2030 reúne os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Foi lançada em 2015 pela ONU (Organização das Nações Unidas) e tem como objetivo atender a diversas pautas. Uma delas é a equidade de gênero

A ideia é que os 169 países que assinaram a Agenda, em 31 de dezembro de 2030, promovam o desenvolvimento sustentável. Dessa forma espera-se que as notícias sobre, por exemplo, a discriminação por gênero nas empresas, sejam pautas de arquivo. 

Mulheres que inspiram lideranças sobre a equidade de gênero

Muitas são as inspirações que motivam as ações inovadoras. A atual vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, é um exemplo disso. Ao assumir o cargo, ela disse que seria a primeira vice-presidente mulher, “mas não a última”.

Harris potencializa o papel da mulher em cargos de liderança, bem como das mulheres negras e filhas de imigrantes.

Outro exemplo é a Beyoncé. A cantora é um nome consagrado da música pop mundial. É a precursora do movimento de empoderamento da mulher nos anos 2000 e motivou muitas meninas negras a serem empreendedoras, bem como a viver da música.

Mudar é preciso, mas comece devagar

Após a leitura das dicas, entende-se que a equidade de gênero é um tema essencial para uma empresa. É preciso ter um objetivo sólido para adotar ações assertivas, mas no entanto, dê sempre um passo por vez.

Quando o investimento é profundo, a efetividade é assegurada. Toda mudança para ser real e consistente atende a esses requisitos.

admin

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