RH Inclusivo

Qual a realidade do mercado de trabalho para deficientes

Sabemos que desde o surgimento da sociedade as pessoas com deficiência sofrem os mais variados tipos de descriminação e preconceito. Neste ano de 2021, a Lei de Cotas faz 30 anos, e mesmo assim vivemos e presenciamos a dificuldade de ingresso dos deficientes no mercado de trabalho. 

De acordo com a história do nosso país, antigamente, as pessoas com deficiência eram marginalizadas e afastadas de toda e qualquer oportunidade de trabalho, principalmente porque as pessoas acreditavam que os deficientes tinham limitações que não permitiram o pleno desenvolvimento das tarefas. 

Atualmente, com os estudos evoluindo sempre nessa direção, damos a esse preconceito o nome de Capacitismo. Quando subestimamos ou quando tecemos alguns tipos de comentários como “nossa você vive uma vida como se fosse normal” não estamos incentivando ninguém, pelo contrário. Estamos dando a entender que as pessoas com deficiência são colocadas à prova o tempo inteiro.

Encarar essa realidade de preconceitos e debater esse tema é uma forma de evidenciá-lo, e fazer com que cada vez aumente mais a preocupação com a inclusão dos deficientes no mercado de trabalho e na vida em sociedade.

Lei de Cotas n° 8.213/1991

Embora tenha entrado em vigor no ano de 1991, a lei de cotas foi regulamentada em 2004, quando definiu quais eram as deficiências abrangidas pela lei. 

A criação da lei foi um passo muito inovador na vida das pessoas com deficiência, porém, na prática, não é tão lindo e inclusivo como deveria ser. A mera obrigatoriedade de destinação de vagas para pessoas com deficiência é ineficaz quando desacompanhada de medidas que tornem esse trabalho acessível e inclusivo. 

De acordo com a lei de cotas, a destinação de vagas para deficiente deve ser a seguinte:

O número em porcentagem varia de 2% a 5%, nas empresas acima de 99 funcionários devendo ser dividido da seguinte forma:

  • De 100 a 200 empregados – 2% de trabalhadores com deficiência;
  • De 201 a 500 empregados – 3% de trabalhadores com deficiência;
  • De 501 a 1000 empregados – 4% de trabalhadores com deficiência;
  • Acima de 1000 empregados – 5% de trabalhadores com deficiência (cota fixa).

O debate em torno desse tema é justamente no aspecto de garantir a acessibilidade no ambiente de trabalho, o acompanhamento do funcionário PCD, as garantias de um lugar saudável, onde todos possam executar suas atividades com destreza e eficiência.

Muitas vezes o capacitismo faz com que a gente acredite que as pessoas com deficiência são dignas de dó e piedade, e na verdade elas são dignas meramente de poder viver suas vidas como todas as pessoas vivem, de forma normal, executando suas tarefas normalmente, e com oportunidades claras e eficazes no que diz respeito aos deficientes no mercado de trabalho.

Qual a realidade dos deficientes no mercado de trabalho

De acordo com o IBGE de 2020, o número de pessoas com deficiência hoje no Brasil chega a quase 25% da população, ou seja, aproximadamente 45 milhões de pessoas. Embora esses números pareçam grandes, o acesso ao mercado de trabalho é de apenas 1% de todo o mercado formal, o que indica cerca de 486 mil empregados com deficiência. 

Mesmo que tardiamente, no Brasil a cada ano cresce o número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mas este número ainda está longe de ser ideal. 

Com os avanços na legislação e também na sociedade, as pessoas buscam e devem buscar cada vez mais maneiras inclusivas para lidar com as pessoas com deficiência. As empresas têm evoluído cada vez mais no sentido de buscar alternativas que tornem sua empresa um lugar acessível e diversificado, promovendo métodos inclusivos de contratação de pcd, principalmente no que diz respeito ao preparo da equipe e do ambiente físico.

De forma crítica e consciente, o mercado de trabalho ainda é muito despreparado para receber pcd, e isso apenas o tempo poderá ajudar. 

Empresas que contém em seu quadro de funcionários pessoas com deficiência contam com uma pluralidade de pensamentos, realidades e opiniões, o que ajuda seu desenvolvimento e desempenho. Quando uma empresa decide destinar as vagas para pcd, mas além disso procuram promover um ambiente inclusivo e acolhedor, ela possibilita que todos os funcionários trabalhem de forma efetiva, fazendo com que essa empresa aumente sua concorrência e também atraia mais olhares e elogios por se tratar de empresa inclusiva. 

Ao acompanharmos os números, principalmente após o ano de 2015, com a promulgação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, eles estão crescendo, e isso é indiscutível. Porém, como citado acima, o número ainda está longe de ser o ideal, principalmente se levarmos em conta que o número de pessoas com deficiência também aumentam com o passar do tempo.

Um problema que as pessoas com deficiência também encontram ao ingressar no mercado de trabalho é a baixa qualificação. Devido à falta de oportunidades, os pcds costumam não ter experiência anterior ao ingressar em uma empresa. Isso evidencia como é importante que o empregador promova essa qualificação. Dentro da empresa, o empregador pode procurar ajuda de especialistas através de consultorias especializadas na contratação e permanência do PcD na empresa.

Somente através desses mecanismos é que estaremos preparados para promover uma sociedade mais justa e igualitária, pois as pessoas com deficiência merecem oportunidades assim como todas as outras. Colocar fim às barreiras de preconceitos e injustiças já passou da hora, e cabe a nós, protagonistas da vida em sociedade, buscar ambientes em que todos possam viver nas mesmas condições de igualdade.  

E aí, o que você achou do nosso artigo sobre a realidade do mercado de trabalho para deficientes? Alguns dados são assustadores, não é mesmo? Porém, à medida que nos assustamos, devemos tentar promover o fim das desigualdades, e lutar pelos direitos das pessoas com deficiência em todos os ambientes, principalmente no mercado de trabalho.

A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.

Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.

Conheça mais sobre o nosso trabalho e acesse as redes dos nossos fundadores:

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