A inserção de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho traz muitos benefícios para todos os envolvidos, sejam eles funcionários com deficiência ou não, todos saem ganhando. Mas infelizmente sabemos que este ainda é um assunto delicado que ainda gera desconforto e do qual muitas pessoas se esquivam.
O ambiente corporativo tem sofrido várias mudanças e uma delas é a inclusão de pessoas com deficiência, uma forma bastante positiva e válida de derrubar o preconceito e tornar a sociedade mais igualitária. Muitas empresas vêm adaptando inclusive seus espaços físicos para receber funcionários com deficiência e deixá-los confortáveis para desempenhar suas funções e se locomover dentro da empresa sem barreiras.
Infelizmente muitas pessoas com deficiência enfrentam dificuldades em se sentirem bem vindas e respeitadas em seu ambiente de trabalho, pois o capacitismo ainda está enraizado no comportamento de muitas pessoas. O capacitsimo é a forma preconceituosa de tratar pessoas com deficiência, seja através de termos pejorativos, piadas, discriminação ou qualquer prática que exclua, constranja ou diminua a pessoa com deficiência. Uma forma eficaz de combatê-lo é explicitar quais comportamentos se enquadram nesse tipo de preconceito e abominá-lo, ou seja, proibir duramente que ele seja disseminado.
Caso você presencie ou seja vítima de capacitismo em seu ambiente de trabalho não se cale, leve a situação ao conhecimento de seus superiores, faça um boletim de ocorrência ou procure um advogado de sua confiança, como forma de frear tais comportamentos. Quando nos calamos ou omitimos situações de capacitismo ou qualquer outro ato preconceituoso, estamos indiretamente fortalecendo a prática do preconceito e relevando a impunidade sobre ela. Portanto, não deixe que essas situações se tornem comuns em seu ambiente de trabalho.
Ao contrário do que muitos pensam, a inclusão não se trata somente de contratar pessoas com deficiência para sua empresa, mas vai além. A inclusão é a forma de inserir pessoas com deficiência e preparar o ambiente para recebê-las, seja esta preparação do espaço físico ou da maneira de trabalhar, dos funcionários sem deficiência que já fazem parte do grupo de colaboradores, etc. Preparar o ambiente e tornar a vivência das pessoas com deficiência o mais acessível possível para que haja igualdade de condições de desenvolver seu trabalho sem serem prejudicados pela falta dela, é o que chamamos de inclusão.
Ela é importante porque não somente traz mais segurança e bem estar ao funcionário com deficiência, mas também mostra aos demais funcionários sem deficiência que podemos viver numa sociedade que trata todos como iguais sem excluir ou inviabilizar práticas sociais e profissionais.
Sabemos que há uma lei que obriga as empresas a realizar a contratação de pessoas com deficiência, e esta é uma demonstração clara de inclusão. Mas como o setor de Recursos Humanos (RH), setor responsável pela contratação, está lidando com esses futuros funcionários? É necessária uma atenção especial por parte dos diretores de empresas quanto a sua equipe de RH, pois casos de exclusão no momento da contratação infelizmente têm sido muito comuns. Para que isso não aconteça, a equipe responsável pela contratação deve ser empática, consciente e humana, para lidar com as pessoas com deficiência de forma mais justa e igualitária.
Alguns especialistas dizem, ainda, que muitos setores de RH não sabem da existência da lei que obriga a contratação de pessoas com deficiência nas empresas, e dizem que isso deveria ser pauta da graduação em Recursos Humanos, para a qual deveriam dar muita atenção.
É fundamental que a empresa tenha atitudes que enfatizem a importância da inclusão, e que a iniciativa parta sempre dela. Algumas ações que podem levar os funcionários sem deficiência a entender a importância da inclusão é promover palestras, workshops que abordam o assunto, de preferência sob a liderança de funcionários com deficiência, que terão muito mais propriedade para falar sobre o assunto.
A empresa também pode preparar seu espaço físico para receber pessoas com deficiência, como a construção de rampas de acesso, colocação de barras de apoio nos banheiros, instruções e materiais em braile para funcionários com deficiência visual, etc.
Pensar em atitudes que tornem o ambiente inclusivo pode trazer à empresa destaque em acessibilidade e inclusão, o que pode ser um exemplo muito positivo para as demais empresas.
Não podemos negar que a sociedade já foi muito cruel com pessoas com deficiência. Houve inclusive um período da história em que se considerava uma maldição nascer com alguma deficiência, e ter um membro da família com deficiência era motivo de vergonha para todos, quem dirá para a própria pessoa. Elas eram proibidas de ocupar espaços públicos juntamente com pessoas sem deficiência, tinham extrema dificuldade em se relacionar, constituir família, arrumar emprego, estudar, pois eram literalmente e cruelmente excluídas da sociedade em todos os âmbitos.
Essa desigualdade se estendeu por muitos anos, até que políticas de inclusão foram sendo criadas a fim de derrubar o preconceito e tornar a vida de pessoas com deficiência mais simples e comum, tornando possível a presença delas nos mais diversos ambientes. O caminho até a igualdade e o fim do preconceito é longo e cheio de percalços, mas estamos caminhando por ele e damos um passo por dia, o que é muito importante e faz toda a diferença.
A inclusão devolve à pessoa com deficiência o senso de pertencimento, pois devolve a elas a liberdade de ocupar espaços, cargos, desempenhar funções, realizar sonhos e metas, se sentirem capazes, únicas e importantes para o funcionamento de uma empresa, ou uma mente pensante na universidade, ou seja qual for o local ou papel que a pessoa com deficiência queira desempenhar.
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil PCDs no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
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